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O Nordeste está pronto para ser o protagonista do desenvolvimento sustentável brasileiro

Declaração final dos governadores e governadoras do Nordeste encerra a COP Nordeste

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“O Nordeste está pronto para ser protagonista do debate sobre a crise climática, apresentando soluções para o desenvolvimento sustentável, não apenas no cenário nacional, mas também no debate internacional.” Com essa afirmação histórica, o Consórcio Nordeste marcou o encerramento da COP Nordeste nesta sexta-feira (19), em Fortaleza, Ceará.

O documento,  intitulado “Declaração final dos governadores e governadoras do Nordeste: da COP Nordeste a COP 30”, afirma ainda que o Nordeste não aceitará um futuro marcado por vulnerabilidade e dependência. Em vez disso, reivindica um porvir de protagonismo, justiça climática e prosperidade compartilhada. Ao mesmo tempo que traz o compromisso do poder público de conduzir a transformação ecológica da região com respeito às identidades culturais, apostando em inovação e num compromisso firme com a vida.

A declaração final enfatiza que a região chegará à COP30, em Belém, não como mera espectadora, mas como voz ativa e propositiva, portadora de um modelo de desenvolvimento que harmoniza potencial natural, como sua liderança em energias solar e eólica, com equidade social e preservação ambiental. Por isso “as negociações climáticas globais precisarão escutar o que o Nordeste tem a propor”.

União histórica por um futuro verde

O documento, que lança as bases do Plano Brasil Nordeste de Transformação Ecológica, é resultado de um esforço coletivo que ouviu governos, academia, setor privado, movimentos sociais e comunidades tradicionais, consolidando o Nordeste como um território de inovação democrática, e apresenta 10 compromissos que moldarão o futuro do Nordeste:

  1. Transformar para as pessoas – reduzir desigualdades e gerar emprego com igualdade de gênero e oportunidades para a juventude.

  2. Liderar a transição energética justa – triplicar capacidade de renováveis até 2030, com tarifas acessíveis e empregos verdes.

  3. Impulsionar a neoindustrialização sustentável – atrair indústrias de química verde, mobilidade elétrica e semicondutores.

  4. Promover a bioeconomia e agricultura sustentável – valorizar a Caatinga, agricultura familiar e sociobiodiversidade.

  5. Fortalecer educação, ciência e inovação verde – focar em juventudes rurais, indígenas, quilombolas e periféricas.

  6. Ampliar a economia circular – expandir reciclagem, logística reversa e cooperativas de catadores.

  7. Garantir segurança hídrica – investir em cisternas, dessalinização e microsistemas comunitários.

  8. Preservar a biodiversidade e fomentar turismo de base comunitária – ampliar unidades de conservação e pagamento por serviços ambientais.

  9. Integrar investimentos sustentáveis e fortalecer o protagonismo internacional – democratizar crédito e exportar tecnologias socioambientais.

  10. Conduzir a transformação com transparência e participação – assegurar controle democrático e engajamento social em todas as etapas.

A COP Nordeste aconteceu integrada à 3ª Conferência Internacional sobre Clima e Desenvolvimento em Regiões Semiáridas (ICID), de 15 a 19 de setembro, no Centro de Eventos d o Ceará, em Fortaleza.